Paralimpíadas contribuem para quebrar preconceitos contra as pessoas com deficiência

Publicado em: 29/08/2024


As Paralímpiadas de Paris estão sendo transmitidas pelo SportTV2 e pelo Globoplay ao vivo e o site do GE (Globo Esporte) com a cobertura em tempo real. Brasil é destaque nos jogos.

As Paralímpiadas de Paris tiveram início às 15 horas, de Brasília, na quarta-feira, dia 28 de agosto. A delegação brasileira que participa das Paralimpíadas de Paris em 2024 é composta por 280 membros, incluindo 255 atletas, 19 atletas-guia, 2 goleiros de futebol de cinco, 3 calheiros da bocha e 1 timoneiro de remo.

O Brasil historicamente se destaca no atletismo e na natação paralímpicos, sendo o atletismo a modalidade que mais medalhas conquistou para o país, acumulando um total de 170 medalhas, divididas em 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze.  Ádria Santos é o maior nome feminino no esporte paralímpico, tendo conquistado 13 medalhas, sendo 4 de ouro, conquistadas no atletismo.

Essa liderança do atletismo no quadro de medalhas brasileiro é compreensível, considerando que muitas pessoas com deficiência, especialmente física, encontram no esporte uma forma de integração social e melhoria da qualidade de vida. E, frequentemente, as modalidades esportivas que essas pessoas escolhem praticar estão inseridas dentro do atletismo.

O Governo Federal mantém, desde 2005, um dos maiores programas de patrocínio para atletas do mundo, há seis categorias de bolsas para atletas e desde a assinatura do termo de adesão o(a) atleta recebe doze parcelas de acordo com sua categoria, no caso de atletas paralímpicos as bolsas têm o mesmo valor dos atletas olímpicos, o valor é de R$3700.

O Brasil conta com um grande e moderno Centro de Treinamento Paralímpico na cidade de São Paulo, no bairro do Ipiranga. O CT é o principal centro de excelência em esportes de alto rendimento na américa latina e um dos melhores do mundo.

“No início, o esporte paralímpico não era conhecido e a gente treinava de uma forma bem precária, onde a gente quase não tinha os materiais para treinar.”—Ádria Santos ao Portal Terra. Ádria Rocha Santos ORB CavMM é uma atleta velocista brasileira de classe T11. Especializada nas corridas de 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos. De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro é a maior medalhista feminina paralímpica do Brasil.

História – As competições esportivas para pessoas com deficiência têm uma história rica que remonta a mais de um século. Já em 1888, na Alemanha, clubes promoviam disputas entre pessoas surdas. No entanto, foi após a Segunda Guerra Mundial que o movimento paralímpico ganhou força, culminando nos primeiros Jogos Paraolímpicos oficialmente reconhecidos em Roma, em 1960. Esse marco histórico reuniu 400 atletas de 23 países e solidificou a tradição dos Jogos Paraolímpicos, que desde então ocorrem a cada quatro anos.

A primeira participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos foi em 1972 e a primeira medalha veio em 1976, em Toronto, com Luiz Carlos da Costa e Robson Sampaio, que conquistou a medalha de prata no lawn bowls, modalidade que não faz mais parte das competições Paralímpicas. Na época, alguns atletas participavam de vários esportes diferentes na mesma edição. As primeiras medalhas de ouro para o Brasil foram conquistadas em 1984, nos jogos de Nova Iorque/Stoke Mandeville.

Com o tempo, uma combinação de investimentos, infraestrutura e prospecção de novos talentos transformou o Brasil em uma potência nos esportes paralímpicos. Ao longo da história dos Jogos Paralímpicos, alguns nomes se destacaram representando o Brasil:

  1. Daniel Dias (natação): 27 medalhas – 14 ouros, 7 pratas e 6 bronzes
  2. André Brasil (natação): 14 medalhas – 7 ouros, 5 pratas e 2 bronzes
  3. Clodoaldo Silva (natação): 14 medalhas – 6 ouros, 6 pratas, 2 bronzes
  4. Ádria Santos (atletismo): 13 medalhas – 4 ouros, 8 pratas, 1 bronze
  5. Luiz Cláudio Pereira (atletismo): 9 medalhas – 6 ouros e 3 pratas
  6. Odair Santos (atletismo): 9 medalhas – 5 pratas e 4 bronzes
  7. Terezinha Guilhermina (atletismo): 8 medalhas – 3 ouros, 2 pratas e 3 bronzes
  8. Adriano Lima (natação): 8 medalhas – 1 ouro, 4 pratas e 3 bronzes
  9. Phelipe Rodrigues (natação): 8 medalhas – 5 pratas e 3 bronzes
  10. Luís Silva (natação): 7 medalhas – 1 ouro, 5 pratas e 1 bronze

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