“No início do processo, há muitos anos, veio aquela febre de contratações dos profissionais na base da pirâmide. Mas sentimos que poderia ser diferente e començamos a implementar o recrutamento invertido, ou proativo,” relata Eliana Chagas Ponzio, diretora de Desenvolvimento Humano e Organizacional, que compartilhou sobre a vontade de fazer inclusão com qualidade das pessoas com deficiência na empresa, em sua fala no painel de Boas Práticas Corporativas, no 46º Encontro Temático da REIS, em setembro de 2022.

 “Queríamos também dar velocidade às contratações para termos volume, para que a questão da inclusão fosse realmente perceptível. E a gente vinha fazendo o modelo tradicional. Então, invertemos o alvo: em vez da vaga, nós focamos nos candidatos.”

A partir dessa percepção, a busca foi por fazer o recrutamento centrado nas competências e habilidades dos candidatos, absorvendo suas experiências e formações. “Redesenhamos o programa de contratação, incluindo o desenvolvimento da equipe para a compreensão do novo formato proposto.” As pessoas contratadas ficariam alocadas no centro de custo do DHO e, após um ano, são encaminhadas para suas respectivas áreas para que absorvam as pessoas de forma orgânica.

“O grande propósito desse formato foi o de fazer com que os gestores vivenciassem como é contar, em suas equipes, com pessoas com deficiência, mas que não fosse pela obrigação de contratar, ou apenas pelo preenchimento de vagas obrigatórias, mas sim pelas suas experiências profissionais.”, acrescentou a diretora.

O banco de currículos também foi alimentado, novos profissionais foram chegando e esse formato trouxe pessoas com experiências muito importantes para as áreas. “Com essa ideia implementada, atingimos as metas e fomos além. Agora temos um banco de dados ativo, que agiliza a localização dos talentos. Fazemos algumas parcerias, mas a grande maioria dos talentos foi o obtida graças ao esforço da própria área de Recrutamento e Seleção, que se empenhou em pesquisar nos sites de busca ou promovendo, divulgando essa iniciativa e pedindo para que a gente pudesse chegar até essas pessoas para conhecê-las e oferecer internamente o apoio.”

“Chamamos de recrutamento e seleção invertido, porque na verdade, a gente inverteu o foco. Deixei de olhar só a marca, mas buscar as pessoas que a gente gostaria de ter aqui, e não só na base da pirâmide. Eu disse que iria ter pessoas em todos os níveis, Como vem acontecendo.”

Assista a apresentação no link: https://www.youtube.com/watch?v=vt4Q8zS2xYs