Fiscalização notifica mais de 200 empresas em Alagoas
Publicado em: 24/03/2019
Uma audiência coletiva realizada pela Superintendência Regional do Trabalho de Alagoas reuniu 220 empresas que não cumprem as determinações da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência e Reabilitados do INSS (Lei no 8.213/91). Durante uma semana, os responsáveis pelas empresas foram ouvidos e as empresas notificadas.
O auditor fiscal Leandro Carvalho desconsiderou a “suposta justificativa de ausência de candidatos”, usada como argumento pelas empresas e convocou entidades de apoio e assistência à pessoa com deficiência para provar que existem profissionais no mercado e compartilhar os seus cadastros.
Atualmente, 1.900 profissionais com deficiência estão contratados formalmente em Alagoas, mas se a legislação estivesse sendo cumprida este número chegaria a 8.000 Pessoas com Deficiência. Entre os empregados, o empacotador Gleibs Almeida, que se considera o salário “um grande incentivo” para pessoas que têm o desejo de trabalhar. “Com esta renda eu ajudo a minha família, pois tenho esposa e filhos”, disse.
Representando a Feapaes (Federação das Apaes) de Alagoas, Lisandra Correia, provou que há o número suficiente de Pessoas com Deficiência no Estado para cumprir a Lei de Cotas. “Elas podem não ter o segundo grau completo, mas têm habilidades”, disse à reportagem de uma equipe de televisão local.
Já a analista de Recursos Humanos, Márcia Coimbra, de uma rede de supermercados, atestou os resultados positivos da inclusão laboral: em 2017 eram 21 Pessoas com Deficiência contratados e hoje este número multiplicou-se para 90. Segundo ela, os funcionários com deficiência ajudam na comunicação com os clientes com deficiências. O quadro de funcionários conta com pessoas com deficiência auditiva, física, intelectual, mental e visual.
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