Morre Francisco Nuncio Cerignoni, Presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência

Publicado em: 10/12/2020


Chico Pirata, como era mais conhecido, dedicou sua vida à luta pelos direitos da pessoa com deficiência.

Por Fátima El Kadri

Faleceu na madrugada desta quinta-feira, aos 71 anos, Francisco Nuncio Cerignoni, conhecido como Chico Pirata. Atual presidente do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com deficiência de São Paulo, ele dedicou sua vida a essa causa e teve participação importante em muitas conquistas do movimento. Segundo a família, a causa mortis foi decorrente da Síndrome Pós-Poliomielite.

Natural de Piracicaba (SP), Chico tinha deficiência física devido a sequelas de poliomielite. Era Engenheiro Agrônomo formado pela ESALQ/USP, com pós-graduação em Energia Nuclear na Agricultura. Lecionou no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/ESALQ/USP) e na Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). 

Em sua trajetória, Chico ocupou diversos cargos públicos importantes, sendo nomeado como Diretor do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência duas vezes: de 1986 a 1988 e em 2019 até o momento atual. Foi também Coordenador Intercontinental da Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência – FCD, de 1995/2005 e representou o Brasil em diversos eventos e conferências nacionais e internacionais sobre o tema. 

A imagem mostra Chico Pirata com com a Secretária Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão. Chico é um homem branco,  grisalho, de barba, está usando um tesno escuro com camisa cinza, sentado atrás de uma mesa com teclado e uma garrafa de água. Ao seu lado está Célia Leão, uma mulher branca, de cabelos e olhos escuros, veste uma blusa preta e calça marrom. Ela é cadeirante e está segurando um microfone.
Chico Pirata com a Secretária Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

Deixa também uma importante obra escrita sobre questões de políticas públicas, sociais e ambientais na imprensa local e estadual. É co-autor dos livros: Deficiência: uma questão política? (Editora Paulus/2005); Comunicação, ética e cidadania (Editora Paulus/2005) e 30 anos de luta por Direitos Humanos (CDHEP – Centro de Direitos Humanos e Educação Popular). 

Por todo esse legado, Chico Pirata sempre será lembrado como um dos maiores ativistas pelos direitos da pessoa com deficiência no Brasil.

Nos aniversário de 29 anos da Lei de Cotas, Chico Pirata foi um dos entrevistados por Tuca Munhoz. Relembre sua participação no vídeo abaixo.

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