Plenária da Câmara Paulista de Inclusão reuniu especialistas em autismo
Publicado em: 28/08/2017
No último dia 17 de agosto, quinta-feira, cerca de 200 representantes de empresas públicas, privadas,instituições e entidades de classe estiveram reunidas à convite da Câmara Paulista para Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho. O encontro trouxe o tema do TEA – transtorno do espectro do autismo, e trouxe especialista para falar sobre o assunto.
Dr. José Carlos do Carmo – Kal, auditor do Ministério do Trabalho e Coordenador da Câmara abriu o encontro informando que, do ponto de vista legal, as pessoas do espectro do autismo têm acesso aos direitos previstos pela LBI – Lei Brasileira de Inclusão. Ele agradeceu a presença de todos, deu as boas vindas e resgatou a celebração dos 26 anos da Lei de Cotas (24.07 na Praça das Artes), que contou com cerca de 500 participantes.
Marcelo Vitoriano, diretor geral da Specialistern, empresa que trabalha com a inclusão de pessoas com autismo, apresentou dados sobre a vida adulta, dificuldades e habilidades características. E considerou que as equipes de RH estão desperdiçando talentos ao não contratarem pessoas com autismo, lembrando que é possível fazer uma inclusão de qualidade das pessoas com autismo, desde que elas recebam os apoios necessários.
Fernanda Lima, diretora de Formação da Specialisterne, contou que a empresa nasceu da inspiração a partir de um pai de uma criança com autismo que identificou a extrema capacidade de memorização de seu filho. Ela também apresentou dados publicados em outros países, que mostram que o autismo ocorre em uma a cada 61 pessoas e a prevalência é de uma menina para cada 4 meninos.
Fernanda destacou ainda que pessoas com autismo e síndrome de Asperger têm habilidades importantes e valorosas para o mercado de trabalho, como paixão pelos detalhes, constância, memória, facilidade para processamento de dados e identificação de erros, honestidade, e por isso podem ser empregadas em diversas áreas. Contatos com a specialisterne: br.specialisterne.com E-mail: [email protected]
Carolina Ramos, coordenadora pedagógica de uma das três unidades da AMA – ONG formada há 34 anos por um grupo de pais de pessoas com autismo, lembrou que a inclusão tem que ser cuidadosamente planejada para os que tem condições e habilidades para isso, pois a pessoa com autismo tem problemas na interação social, fato que não se resolve somente por ela estar no meio de outras crianças ou de outras pessoas. Cursos e palestras gratuitas, no site da AMA: [email protected] E-mail:[email protected]
Joana Portolese, psicóloga especialista em neuropsicologia, coordenadora da equipe multiprofissional do Ambulatório Autista do Hospital Sabará, levou vários dados importantes, incluindo um levantamento feito pelo site “autismo e realidade” com 558 respondentes (pessoas autistas com mais de 21 anos de idade), que apurou entre outras coisas que: 63,3% dos questionário foi preenchido pelos pais; 78,7% são solteiros; 15,2% casados; 9,1% têm ensino superior completo; 9,9% têm pós-graduação; 78% não trabalha; 79,9% reside com os pais e 14% trabalha regularmente. Autismo e realidade: www.autismoinstitutopensi.org.br
Veja nas fotos imagens da Reunião.
Por Stela Masson, 23/8/2017