Publicado em: 23/03/2023

Quando o assunto é inclusão profissional de pessoas com deficiência, é comum o argumento de que, em alguns setores, é impossível incluir devido ao risco que a pessoa pode correr em caso de uma emergência. Muitos destes setores, considerados de maior risco, estão quebrando este tabu e incluindo mais e mais pessoas com deficiência, como o setor da Limpeza Urbana, Construção Civil e Petrolífero.

Em 11 de abril de 2010, ocorreu um acidente grave no qual o ferroviário Felipe do Carmo perdeu sua perna direita abaixo do joelho durante uma operação a bordo do Ocean Whittington, que operava para a Petrobras no Brasil. Mesmo com o apoio da equipe médica a bordo e em terra, a amputação era necessária para salvar sua vida. Com o apoio da Diamond Offshore (offshore é o termo que designa operações de extração de gás e petróleo que acontecem afastadas da costa) Felipe recebeu próteses avançadas e passou por inúmeras sessões de fisioterapia e consultas médicas para acelerar a recuperação.

Ele voltou ao trabalho no mesmo ano como Assistente Ambiental na equipe de SSMA da Brasdril Shorebase e continuou seu desenvolvimento profissional, concluindo um programa de Técnico em Segurança, curso de Gestão Ambiental e MBA em QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde). Em 2015 uma nova prótese permitiu que ele subisse escadas com mais facilidade e maior segurança e também aproveitasse atividades aquáticas com segurança e estabilidade. Ele fez o treinamento necessário para desempenhar atividades offshore e tornou-se o primeiro operário com prótese a deslocar-se para o exterior em toda história de 60 anos da Petrobrás, abrindo caminho para profissionais com deficiência que desejam desempenhar funções offshore. Felipe do Carmo, atualmente com 35 anos, é um exemplo de sucesso pois, após enfrentar adversidades e desafios, continua desempenhando atividades profissionais em ambiente antes considerado proibido para pessoas com deficiência.

Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br/mesmo-com-amputacao-na-perna-felipe-continua-trabalhando-offshore/